sexta-feira, 16 de maio de 2008

Eu odeio o amor.


Eu odeio tudo no amor,
a forma inconsciente com que ele me toma.
O tempo que ele me toma.
A força com que me toma.
E, antes disso, por ‘quem’ ele me toma.
Pois eu achava que o amor era uma coisa bonita.
Até que aprendi o que são ratos.
Os ratos roem, e isso é fato.
Mas a parte dolorosa é quando os ratos roem, destroem, mas não acham nada.
Então, é o amor.
E esse processo de corroer chama-se paixão.
Oh, saga cruel.
Que me tira o apetite.
Que me impulsiona suspiros,
e que me teve.
Torna-se pior que o amor, amor que é o rei, amor que lidera, e ainda rói.
Amor é a luta de mim contra impossibilidades ou não-reciprocidades, atrocidades que me cometo.
Eu não quero mais amar, oh céus!
Eu não agüento mais saber que não te tenho, e que não te quero mais e mais.
Não. Pois eu odeio o amor. E o modo como ele está me fazendo chorar agora.

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