quarta-feira, 21 de maio de 2008

Teias, cápsulas, manto.


Eu tive medo.
Medo da morte, medo da perda.
Medo de pessoas, e medo da falta delas.
Sinto medo de poder sentí-lo.
Sinto medo do que me pode causá-lo.
Medo de quem recrimina, medo de quem ignora.
Um medo que arrepia, um medo que arde.
Um medo que dói, um medo tremendo de ter errado.
O medo de encarar, medo do medo poder voltar.
Medo de não me encorajar, medo de originalizar.
Medo de não ser, e de nem tentar.
Medo de você, medo de mim.
Medo de meus braços me tocando quando ninguém o pode fazer.
Medo de minhas pernas caírem e não ter quem segurar.
Medo de que o medo me possa desabar.
Medo dos olhares, das palavras, medo até da vida.
Medo de que o medo me domine por completo e medo de a esperança morrer.
O medo que não sei o que é, mas sempre morre de medo de ser medo e machucar.
O medo me disse que não preciso ter medo dele, "olha só quem fala".

2 comentários:

Unknown disse...

"Medo de meus braços me tocando quando ninguém o pode fazer.
Medo de minhas pernas caírem e não ter quem segurar.
Medo de que o medo me possa desabar."

tu escreve coisas que me tocam tanto, tanto, Pê! coisas tão lindas, que dá pra pegar como 'minhas' e pensar: ou ela é MUITO parecida comigo, ou ela conseguiu pensar no que eu estava sentindo!

eu amo isso daqui. tem tudo o que se precisa para a leitura marcante (?)

Anônimo disse...

Coragem! Não se limite. Goste de si mesma e não espere que ninguém vá cuidar das suas carências e problemas. Exponha-se e não tema os julgamentos.

Se usar toda sua potencialidade, conseguirá usufruir da energia benéfica do universo. Expresse seus talentos e seja o primeiro a acreditar que sua vida dará certo. Vença seus medos e seja muito feliz!