quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Um solo.

Diante dos erros que nunca cometi,
eu me via perdida.

Diante dos erros que havia cometido,
medo da dúvida.

Eu não queria estar perto,
para não me fazer longe.

Se tudo o que me fazes sentir
for só a breve ilusão.
Pare. Não me acaricie.

Não me confunda.
Não me ame.

Não me deixe,
não me faça sofrer.

Não sofra. Sofreria mais por me ver como estou agora.
Sempre distante e é isso que fazem os amantes.

Observam de longe os passos errados - mas perfeitos aos seus olhos.
E amam ainda sem pensar.

Eu queria poder sentir seus braços cruzando os meus.
E queria ver se meu arrepio se encaixa no calor de sua pele.
Mas você não me faz sentir mais nada.

Não me faça sentir nada, amado.
Não me faça sentir dor, nem amor, nem nada que se sinta.
Não me faça sentir.

Me faça adormecer. E me deixe ali.

2 comentários:

Unknown disse...

não adianta eu insistir para você publicar os seus textos? não adianta eu dizer que o Brasil necessita ler as suas palavras? cada uma mais linda que a outra. só palavras bonitas. e, mais, só complementos que nos tocam. ah, Pê, lindo, lindo. viela se torna um refúgio, cada vez mais.

Anônimo disse...

Como tentar escrever depois desse banho de poesia?
ousadia? yes!! inspiração total.

Delícia de Deus essa luz na noite.

Beijão.


Maísa