sábado, 2 de agosto de 2008

O Gatilho.

O cheiro de pele na roupa lavada.
O cheiro de amor na roupa rasgada.
O cheiro de rasgos, as cicatrizes.
O núcleo da morte, do amor, matrizes.
A arma, poeira.
A pólvora ligeira.
O agora talvez.
Nunca mais com cheiro de sangue.
O fogo vermelho das artérias.
E o desejo gritando a queima-roupa.
Uma tragada da fome do eterno.
O clarão da insanidade do escuro do inferno.
Um nunca, talvez.
O querer se escondendo.
Os passos rápidos, o suor.
A possibilidade e bum!
Como seria voltar e puxar?
O gatilho.

Um comentário:

Unknown disse...

muito, muito, mmmuito foda esse, pê. tipo, muito foda mesmo. não sei porquê, mas tu parece se dar bem com a morte. ser uma velha amiga dela. e tudo que é obscuro e doloroso, é melhor. achei lindo demais. insano. perfeito. beijos.